segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tesouro alemão, conquista americana


(Herton Escobar - Estadão) Semana passada estive no Museu do Espaço e Foguetes dos EUA e fiquei impressionado. Eu já conhecia relativamente bem a história do programa Apollo e do desenvolvimento tecnológico por trás das “naves” (o Módulo de Serviço e Módulo Lunar) que levaram o homem à Lua em 1969. Mas não conhecia tão bem a história do desenvolvimento do foguete colossal que colocou essas naves no espaço para começo de conversa. O Saturn V ( ou “Saturno 5”), com 110 metros de altura, 10 metros de largura e 3 mil toneladas de peso, distribuídas em 3 estágios – cada um deles um foguete por conta própria, com características e finalidades individuais, um acoplado em cima do outro. Muito maior do que muitos prédios de São Paulo.

Por fora, o foguetão parece relativamente simples. Basicamente, um grande cilindro metálico com motores numa ponta e astronautas enlatados como sardinhas, na outra. Quando se conhece um pouco mais sobre as entranhas do foguete, sobre as forças gigantescas de propulsão necessárias para lança-lo ao espaço, e sobre os riscos igualmente gigantescos envolvidos na geração dessas forças no solo, porém, ganha-se um novo respeito por eles. O desafio é realmente gigantesco, tanto do ponto de vista da engenharia quanto da ciência e da tecnologia.

Tudo isso para botar dois seres-humanos na Lua e trazê-los de volta à Terra sãos e salvos, como diria então o falecido e icônico presidente JFK. Mais importante ainda: botar dois seres humanos americanos na Lua antes dos seres humanos soviéticos (que até então vinham dando um banho nos americanos na corrida espacial).

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