terça-feira, 28 de junho de 2011

Da maçã ao Big bang

(Correio Braziliense) A maçã de Newton resultou em três importantes leis, bem conhecidas até hoje por todos os estudantes, que precisam decorá-las. Mas, apesar de se adequarem perfeitamente ao mundo vivenciado aqui da Terra, elas não explicavam tudo. Foi necessário que um despretensioso perito técnico de escritório de patentes juntasse as descobertas do matemático às do físico Max Planck, o “pai” da teoria quântica, para que se começasse a entender a ação da gravidade sobre objetos realmente massivos, como um planeta.

Entre uma tarefa burocrática e outra, Albert Einstein escrevia artigos publicados em periódicos pouco reconhecidos no meio científico. Gostava do trabalho de perito porque tinha tempo para suas divagações físicas. Foram elas que o levaram a deduzir que a luz viaja a uma velocidade intransponível e que, no espaço, não existe referencial: tudo é relativo. Quando apresentou as ideias pela primeira vez, elas nem chamaram muita atenção. Mas logo o mundo percebeu que o alemão simplesmente revolucionou o estudo do Universo.

Mesmo sendo genial, Einstein acreditava em um Cosmos estacionário. Foi Edwin Hubble, cujo nome foi usado para batizar o supertelescópio da Nasa, que percebeu que, na verdade, o Universo estava em expansão. Com um radiotelescópio, o americano notou que as galáxias mais distantes se afastavam cada vez mais rápido. Se essa é uma tendência, então isso significava que, em algum momento, o imenso Universo foi uma minúscula massa.

Incrivelmente, o primeiro a pensar que essa era origem de tudo foi um padre, o belga Georges-Henri Édouard Lemaître. Na década de 1940, a ideia do “átomo primordial” foi aperfeiçoada pelo americano naturalizado George Gamow. E, assim, surgiu a teoria do big bang.

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