terça-feira, 11 de junho de 2013
O discurso que Nixon nunca leu
(Estadão) Em 20 de julho de 1969, os astronautas americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornavam os primeiros homens a pisar na Lua. Armstrong era comandante na missão Apolo 11 e foi ouvido e visto por 500 milhões de pessoas dizendo a frase, que se tornou famosa, “um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade”.
A saída do módulo e a caminhada pela superfície lunar foram transmitidas ao vivo por TV e rádio. E, ao retornar da Lua, Armstrong anunciou que não pretendia voltar ao espaço. A caminhada lunar foi o grande trunfo dos americanos na corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria.
Mas, sabendo que o desfecho podia ser outro e os dois astronautas poderiam não voltar, em 18 de julho de 1969, William Safire, o jornalista que escrevia os discursos do presidente Richard Nixon, deixou pronto um comunicado para o caso de a missão Apolo XI falhar. O memorando deveria ser entregue ao secretário de Estado Harry Robbins Haldeman e lido por Nixon.
O documento está divulgado na página do Arquivo Nacional dos EUA e começa dizendo que o “destino determinou que os homens que foram para a Lua para explorar em paz, permaneçam na Lua para descansar em paz”. Usando palavras como “esperança” e “descoberta”, o discurso deveria enaltecer as pesquisas de Armstrong e Aldrin e incentivar a continuidade pela corrida espacial.
“Antigamente, homens olhavam para as estrelas e viam seus heróis nas constelações. Atualmente, fazemos o mesmo, mas nossos heróis são épicos homens de carne e sangue”, descreve o documento.
Além do discurso que Nixon deveria ler, o memorando deixava a instrução de que o pronunciamento deveria ser seguido de uma oração. Como está descrito no site do Arquivo Nacional, o documento “felizmente, nunca precisou ser utilizado.”
----
Matéria com tradução do discurso no blog Da Terra para as Estrelas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário