segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Alto, muito alto. conheça as primeiras imagens da Terra!


(Apolo11) Hoje em dia as imagens de satélites são tão comuns que são usadas em diversos ramos da atividade humana. Ver a Terra do alto é uma coisa corriqueira e sempre fascinante, mas para chegar ao nível de detalhamento atual um longo caminho teve que ser trilhado, mas o esforço valeu a pena.

No dia 7 de março de 1947, não muito tempo depois da Segunda Guerra Mundial e muitos anos antes do Sputnik marcar o início da Era Espacial, um grupo de soldados e cientistas no Novo México, EUA, ficaram maravilhados com algumas fotos granuladas, em preto e branco.

Eram as primeiras imagens feitas da Terra de uma altitude superior a 160 km de altitude, considerada a fronteira do espaço.

Os experimentos, parte do programa Pequeno Passos, tiveram início um ano antes, em 1946, após a apreensão de diversos foguetes V-2, capturados dos alemães após o fim da Guerra. À frente das pesquisas estava John T. Mengel, um dos pioneiros da Nasa e que mais tarde trabalharia no Projeto Vanguard, o programa de foguetes e satélites dos EUA do final da década de 1950.


A função de Mengel era conduzir experimentos científicos na alta atmosfera através de foguetes balísticos, que apesar de não entrarem em órbita atingiam grandes altitudes.

Foi Mengel quem projetou e fabricou o primeiro escudo de nariz em substituição à cabeça de ogiva que equipava as originais V-2. Em seus experimentos Mengel equipava os foguetes com câmeras filmadoras, que na ocasião ainda registravam as cenas em preto e branco.

Antes do "Pequenos Passos", a fotografia terrestre de maior altitude havia sido feita pelo balão Explorer II, que alcançou apenas 22 mil metros, mas alto o suficiente para se distinguir a curvatura da terra.

As câmeras de Mengel foram ainda mais alto e ao atingirem 5 vezes a altitude do Explorer II revelaram aos cientistas as primeiras imagens da Terra contra a escuridão do espaço. No entanto, Mengel e sua equipe ficaram ainda mais impressionados ao colar lado a lado os quadros do filme. Em uma única foto já era possível ver mais de 2 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra.

Nada mal para uma foto feita na década de 1940, quando o Sputinik ainda era apenas um sonho!

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