Challenger explodiu em 1986 e Columbia se desintegrou em 2003. Em 135 voos, houve dois acidentes e 14 astronautas morreram.
(G1) A história de três décadas e 135 missões dos ônibus espaciais da Nasa possui duas manchas: dois acidentes que tiraram a vida de 14 astronautas. Em 1986, o Challenger explodiu pouco após em lançamento. Em 2003, o Columbia se preparava para o pouso quando se desintegrou enquanto reentrava na atmosfera.
Challenger
O Challenger, segundo ônibus da Nasa a voar para o espaço, faria sua décima decolagem em janeiro de 1986.
A missão STS-51L tinha como principal tarefa trazer de volta à Terra o Spartan, uma plataforma de experiências que ficava na órbita do planeta.
O lançamento estava marcado inicialmente para a tarde do dia 22 de janeiro. Foi adiado para o dia 23 e depois para o dia 24 por conta de atrasos numa missão anterior. As condições meteorológicas na Flórida e na África, onde deveria ser feito o pouso em caso de emergência, fizeram com que a data fosse remarcada para 28 de janeiro. A decolagem ainda ocorreu duas horas após o previsto, devido a uma falha do equipamento que monitorava o sistema de detecção de incêndios.
Logo que a nave decolou, fumaça preta saiu pelo escape dos tanques de combustível. Análises posteriores sugerem que graxa e borracha das juntas tenham sido queimadas pelos gases em alta temperatura.
Os problemas voltaram com 37 segundos de voo. A nave teve de lidar com variações nos ventos na alta altitude. Em nenhum outro voo de um ônibus espacial até então o sistema de direção tinha sido tão ativo, pois era preciso manter o controle da nave, diante das condições adversas. Foi assim até os 64 segundos de voo.
Por volta de um minuto após a decolagem, uma chama visível começou a sair do foguete. A telemetria mostrava números diferentes na pressão entre os dois tanques, mostrando que havia um vazamento no cilindro direito.
Os problemas culminaram na explosão da nave, 1 minuto e 13 segundos após a decolagem. A causa da explosão, segundo o relatório da Nasa, foi uma falha numa junta do tanque de combustível direito do foguete.
O Challenger estava a uma altitude de 14 mil pés quando explodiu. No acidente, morreram sete astronautas. Depois da tragédia, a Nasa levou mais de dois anos para voltar a usar ônibus espaciais: o Discovery decolou em 29 de setembro de 1988. Em 1992, o Endeavour foi lançado para suprir sua ausência.
Columbia
O programa de ônibus espaciais já funcionava novamente a todo vapor quando aconteceu a segunda grande tragédia de sua história.
O Columbia se desintegrou na reentrada da atmosfera em 1º de fevereiro de 2003, matando os sete astronautas a bordo.
Faltavam 16 minutos para o pouso da espaçonave. Ela já sobrevoava território norte-americano, precisamente o estado do Texas – o pouso seria no Centro Espacial Kennedy, na Flórida – quando a tragédia ocorreu. Equipes de especialistas investigaram o ocorrido durante sete meses e conseguiram inclusive encontrar 85 mil peças de destroços – cerca de 38% do ônibus espacial –, mas não explicaram com detalhes o que aconteceu.
A missão STS-107 havia tido como grande objetivo o desenvolvimento de experimentos científicos, encomendados pelas agências espaciais dos EUA, da Europa, do Canadá, da Alemanha, além de pesquisas de universidades. O trabalho deles possibilitou que nada menos que 58 pesquisas fossem conduzidas fora da Terra.
Mais uma vez, a Nasa ficou mais de dois anos sem lançar ônibus espaciais. A missão seguinte foi a STS-114, que partiu em 26 de julho de 2005, com o Discovery.
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