quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
O Imperador Astrônomo do Brasil "O Olhar Real em Direção ao Universo"
(Astronomiaqui) Como explicar tamanha devoção de D. Pedro II a ciência do céu? Acredita-se que as primeiras noções de astronomia foram incutidas no jovem Imperador pelo litógrafo e artista francês, Louis Alexis Boulanger (1798-1874), um dos intelectuais escolhidos por seu preceptor José Bonifácio de Andrade e Silva, o “Patriarca da Independência”. Outro mestre que orientou o Imperador para a astronomia deve ter sido Frei Pedro de Santa Mariana. Desde cedo nutrindo especial interesse pelas ciências além de poliglota, adquiriu conhecimentos enciclopédicos que mais tarde, em 1877, o conduziram a sócio estrangeiro honorário da ‘Academia de Ciências da França, uma honraria alcançada por poucos. Era um intelectual por excelência e ele mesmo dizia que se não fosse Imperador gostaria de ter sido professor. Isto se traduz quando em seu observatório particular no telhado do Paço de São Cristóvão na Quinta da Boa Vista, recebia estudantes para observação do céu, ministrando noções básicas de astronomia e orientando no uso dos instrumentos. Em 15 de outubro de 1827 criou por decreto o Observatório Astronômico do Rio de Janeiro no Morro do Castelo que na realidade só começou a funcionar a partir de 1846, com o nome de Imperial Observatório. Para alguns, seria o primeiro do Hemisfério Sul, mas acontece que na torre principal do Palácio de Friburgo do conde Mauricio de Nassau, na ilha de Antônio Vaz, próxima ilha do Recife, Pe, Georg Markgraf construiu e inaugurou em 28 de setembro de 1639 aquele que deve ser considerado o primeiro observatório astronômico do Hemisfério Sul.
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